No mundo dos negócios, as narrativas estratégicas são a essência da identidade de uma empresa. Elas capturam a missão, os valores e a visão de uma organização, fornecendo uma direção clara e um propósito compartilhado para todos os envolvidos. Uma narrativa estratégica eficaz não apenas comunica o que uma empresa faz, mas também porque ela faz, conectando emocionalmente clientes, funcionários e stakeholders em torno de um objetivo comum.
A jornada do herói, por exemplo, não é apenas uma fórmula narrativa, mas uma expressão profunda da condição humana. Desde a antiguidade até as séries contemporâneas na Netflix, as narrativas desempenham um papel vital em nossa imaginação, permitindo-nos explorar outros mundos e cenários. Ao seguir a trilha estabelecida por Joseph Campbell, produções aclamadas como Star Wars, Matrix e Senhor dos Anéis revelam a persistência e eficácia desse modelo narrativo (fonte: Webrain).
Neste texto, vamos entender o que é uma narrativa estratégica, vamos ver alguns exemplos e vamos entender porque contar histórias é tão relevante.
O que é uma narrativa estratégica?
Uma narrativa estratégica é uma história cuidadosamente planejada e comunicada para atingir um objetivo específico em um determinado contexto. Ela não se limita a relatar eventos passados: ao invés disso, é projetada para influenciar a percepção, moldar comportamentos ou alcançar resultados desejados. As narrativas estratégicas são utilizadas em uma variedade de contextos, incluindo negócios, política, marketing e comunicação organizacional.
Essas narrativas são construídas com uma compreensão profunda do público-alvo e do ambiente em que serão compartilhadas. Elas podem ser utilizadas para transmitir a missão e os valores de uma organização, engajar funcionários, construir marcas, persuadir eleitores, mobilizar comunidades ou promover mudanças sociais.
Quais são os exemplos de narrativas estratégicas?
Existem inúmeros exemplos de narrativas estratégicas em diferentes contextos, desde negócios e política até cultura pop e movimentos sociais. Vamos conhecer alguns exemplos:
Apple: A Apple é conhecida por sua narrativa estratégica que enfatiza a inovação, o design elegante e a simplicidade. Sua mensagem comunica a ideia de que seus produtos não são apenas tecnologicamente avançados, mas também fáceis de usar e integrados perfeitamente ao estilo de vida do usuário.
Coca-Cola: A Coca-Cola construiu uma narrativa estratégica em torno da felicidade e do compartilhamento de momentos especiais. Sua mensagem é sobre criar conexões emocionais entre as pessoas e promover a ideia de que uma simples lata de refrigerante pode trazer alegria e união.
Barack Obama: Durante suas campanhas presidenciais, Barack Obama desenvolveu uma narrativa estratégica que enfatizava a esperança, o progresso e a unidade. Sua mensagem inspiradora ressoou com milhões de eleitores e o ajudou a se tornar o primeiro presidente negro dos Estados Unidos.
E esses são apenas alguns exemplos. E só estamos aqui falando de marcas. E as histórias que, de alguma forma, geram conexões verdadeiras? De Volta para o Futuro; Indiana Jones; ET; Harry Potter… são milhares e milhares de exemplos.
E por que contar histórias é tão relevante?
A resposta pode ser simples: pessoas são atraídas por histórias porque somos seres sociais e nos relacionamentos com nossos pares por meio de nossas emoções. Porém, criar uma narrativa de marca passa por um processo estratégico dinâmico e imersivo. Não é apenas sobre o que você diz, é sobre o que você faz na prática.
No passado, as marcas eram construídas com base principalmente nos atributos dos seus produtos (durável, resistente, leve, potente, espaçoso).
Hoje o design busca agregar às marcas novos significados, uma conexão com os sentidos, capaz de provocar emoções. Ou seja, como você quer se sentir (confiança, tranquilidade, desbravar aventuras).
Estamos na era dos negócios orientados por propósitos, e perguntar POR QUE sua marca existe no mundo se tornou quase uma parte obrigatória de cada novo plano de negócios. E para realmente ativar os benefícios de ter um propósito que seja compartilhado precisamos contar histórias (fonte: Azteca).
E será que é fácil para uma marca contar a sua história? Provavelmente, não. Em um ambiente onde a atenção tornou-se a grande moeda do século XXI, criar narrativas estratégicas é um GRANDE desafio.
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